Inteligência artificial acelera diagnóstico no sistema digestivo

A DIGESTAID é uma empresa que promete melhorar significativamente o diagnóstico de patologias do aparelho digestivo, e cresceu com o apoio do INEGI. As tecnologias que criou, já aguardam patente, e aplicam métodos inovadores em imagens e vídeos de endoscopia para superar as limitações da avaliação endoscópica como a conhecemos. 

A ideia partiu de Miguel Mascarenhas na necessidade de simplificar e acelerar a análise de vídeos de endoscopia por cápsula - um exame usado para detetar anomalias no tubo digestivo. Recorrendo a mecanismos de inteligência artificial para análise e classificação de imagens, este sistema vai transformar o que hoje é uma prática morosa e que consome recursos clínicos valiosos.

Para atingir este objetivo, a equipa do INEGI na área da saúde teve um papel crucial. "Com o desenvolvimento de modelos de classificação, que detetam lesões endoscópicas numa questão de segundos, conseguimos detetar tantos achados quanto os médicos especialistas.” explica João Ferreira, responsável pelo projeto no Instituto.

A precisão e rapidez da tecnologia traduz-se numa economia de tempo e recursos de profissionais de saúde, mas também no acelerar de diagnósticos e tratamentos.

A tecnologia continua a evoluir, ainda com o apoio desta equipa de especialistas do INEGI. "Uma das tecnologias desenvolvida está a ser testada em contexto clínico através de um protótipo que auxilia em tempo real os gastroenterologistas na execução de exames complementares de diagnóstico. Estamos também a trabalhar em conjunto com as equipas médicas na integração organizada de dados para melhoramento contínuo dos modelos de classificação.” acrescenta João Ferreira. 

A DIGESTAID é uma spin-off da Faculdade de Medicina da UPorto, e conta com o apoio do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), do INEGI, e da Faculdade de Engenharia da UPorto.