Biossensores: INEGI traça roadmap tecnológico para Agência Europeia de Defesa

Respondendo a uma necessidade identificada pela Agência Europeia de Defesa, o INEGI está a desenhar um roteiro tecnológico para o desenvolvimento e aplicação de biossensores no setor da defesa.

Os biossensores são dispositivos que analisam dados biológicos e os convertem em sinais mensuráveis, permitindo detetar, quantificar e monitorizar doenças ou a presença de microrganismos patogénicos. "Trata-se, por exemplo, de detetar a glicose no sangue com um biossensor eletroquímico”, explica Cláudio Santos, responsável pelo projeto no INEGI.

No entanto, os biossensores não estão limitados apenas ao campo médico. "Também podem impactar outras áreas de conhecimento e resultar em tecnologias avançadas com aplicações em vários setores, incluindo a defesa e segurança”, salienta.

A monitorização do desempenho e estado de saúde de militares em operações, ou deteção de agentes químicos ou biológicos são algumas das aplicações possíveis.

O desafio lançado pela Agência Europeia de Defesa foi acolhido pelo INEGI, em parceira com o centro de investigação espanhol AITEX e a italiana Universidade de Roma Tor Vergata.

O objetivo da parceria é delinear um roteiro tecnológico para identificar oportunidades de uso em novos sistemas militares, e mapear lacunas entre a tecnologia existente e as aplicações identificadas.

Recorde-se que o INEGI representa Portugal e é o relator do setor civil do grupo CAPTECH (Capability Technology Areas for Materials and Structures) da Agência Europeia da Defesa. Desde 2010, participa no desenho de roteiros de investigação e desenvolvimento que promovam o desenvolvimento de soluções tecnológicas de interesse na área de materiais e estruturas para a defesa na União Europeia. Mais recentemente, começou a colaborar também na área de componentes da EDA, na qual este projeto se insere.

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