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CO2 é alternativa natural para produzir aditivos alimentares e refrigerar alimentos

06 outubro 2022

O INEGI está a estudar a utilização de CO2 como «motor» de equipamentos para extrair e refinar aditivos alimentares, e conservar alimentos a baixas temperaturas. Os protótipos destes equipamentos já estão operacionais, em fase de validação, abrindo caminho à futura produção industrial.

Um destes equipamentos é a base de uma alternativa refrigerativa ao gelo tradicional na indústria alimentar, promovendo a captura carbónica e impactando positivamente o ambiente. Trata-se de um sistema laboratorial com equipamentos inovadores para a produção de hidratos de CO2 e caracterização das capacidades refrigerativas dos mesmos. Esta solução promete otimizar a conservação de produtos frescos, ao mesmo tempo que dá uma nova utilidade aos hidratos de dióxido de carbono.

"Espera-se que esta forma de conservação seja vantajosa relativamente às atualmente utilizadas. O CO2 tem um custo baixo, é não-combustível e não explosivo. Em termos da eficácia da conservação e da capacidade refrigerativa, antecipamos um resultado superior ao do uso de gelo tradicional, contribuindo para um impacto positivo no ambiente", afirma Luís Esteves, responsável pelo projeto no INEGI.

A equipa do instituto está, por isso, responsável pelo projeto de desenvolvimento mecânico-estrutural e fluidodinâmico dos equipamentos, abrindo caminho a alternativas aos métodos tradicionais, em geral pouco eficientes.

Sistema à base de CO2 também vai criar aromas alimentícios naturais

A par disto, a equipa está também a contribuir para o desenvolvimento de dois novos equipamentos para a extração e refinação, respetivamente, de ingredientes a partir de matérias-primas naturais.

Exemplo disso são os bio resíduos dos cogumelos Agaricus bisporus L, ricos em ergosterol e ergocalciferol (vitamina D2), que poderão ser incorporados em farinhas alimentares, panificação, pastelaria e lacticínios. Também aromas naturais de orégãos, tomilho e alecrim serão mais facilmente extraídos através destas tecnologias, e posteriormente incorporados em produtos de panificação ou pastelaria.

Como explica Luís Esteves, "permitirá a obtenção de novos produtos de valor acrescentado, e aromas naturais que darão origem a novos sabores. Além disso, a nova forma de refinação será mais vantajosa relativamente às atualmente utilizadas, tanto em termos de rendimento de extração, como em termos de custos energéticos”.

Estes desenvolvimentos inserem-se no âmbito do projeto ValorNatural - Valorização de recursos naturais através da extração de ingredientes de elevado valor acrescentado para aplicações na indústria alimentar. O projeto junta 14 parceiros, para criar ingredientes naturais de elevado valor acrescentado para aplicações na indústria, da classe dos corantes, aromas e bioativos.




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