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Dia Mundial da Audição: o contributo da Biomecânica para a saúde da nossa audição

03 março 2020

Sabe-se hoje que começamos a ouvir ainda no útero e conseguimos reconhecer a voz da nossa mãe antes mesmo de nascermos! Toda a criança desde o nascimento integra e imita os sons que a rodeiam antes de aprender a linguagem. Se nesta fase do desenvolvimento se deteta algo de errado com a audição, é fundamental uma intervenção tão precoce quanto possível através de aparelhos auditivos. Se nada for feito até aos 2-3 anos, sobretudo em casos de surdez profunda, a aprendizagem da linguagem oral fica comprometida.

Através da audição usufruímos de momentos únicos, pois a imensa quantidade de sons que nos rodeiam e o prazer de os ouvir é algo fundamental nas nossas vidas. O ouvido humano tem, ainda, um papel importante no nosso equilíbrio.

No entanto, com o decorrer da idade podem aparecer os mais variados problemas relacionados com surdez temporária ou permanente, vertigens ou outros problemas de equilíbrio. É imperioso atuar, quer através de medicação, cirurgia ou reabilitação auditiva ou vestibular, sempre com o intuito de preservar este sentido.

Em muitos casos, já em fase adiantada da vida, surge o inevitável: a degradação natural do nervo e córtex auditivo, que vêm diminuir ainda mais esta capacidade, criando novas dificuldades.

INVESTIGADORES DO INEGI ESTUDAM OUVIDO HUMANO DESDE 2003

Estão de parabéns aqueles que ouvem bem. Magnífico dom! Aos quem ouvem menos bem, temos a obrigação de tudo fazer para que seja possível minimizar este problema, preservando o mais possível a audição com recurso a técnicos de saúde, apoiados na tecnologia (cada vez mais avançada!).

O grupo de investigação de Biomecânica do INEGI tem vindo a estudar o ouvido humano e a dar a sua contribuição para melhoria da saúde auditiva, desde 2003, através da criação de modelos computacionais que simulam não só o comportamento normal do ouvido humano, mas também as diferentes patologias, comparando os seus resultados.

Entre as várias inovadoras ferramentas desenvolvidas está, por exemplo, um modelo da cóclea humana que permite prever o dano provocado pela inserção de implantes cocleares, um modelo do ouvido médio que permite estudar o comportamento da cadeia ossicular perante patologias como perfurações timpânicas, otite média ou otosclerose, e um modelo do sistema vestibular para analisar o percurso das otocónias no seu interior e estudar a reabilitação para a correção da sensação de vertigem e tonturas. Ferramentas que podem ajudar os especialistas a prevenir e tratar problemas auditivos.



Artigo de Fernanda Gentil, Investigadora do INEGI, Docente na ESS, Audiologista na Clinica ORL-Dr. Eurico de Almeida e Widex.
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