Reação ao fogo: como são testados os materiais utilizados no interior de automóveis?

Um automóvel tem componentes que, se submetidos a uma fonte de ignição, podem originar um incêndio na viatura, colocando em perigo os seus ocupantes.

Por essa razão, os materiais utilizados no compartimento dos passageiros - como forros do tejadilho, assentos, carpetes, cintos de segurança ou mesmo os componentes estruturais, como plásticos ou espumas - têm que cumprir com determinados requisitos no que diz respeito ao seu comportamento ao fogo.

As normas de segurança como a FMVSS 302 (EUA) e a ISO 3795, são normas semelhantes, que foram desenvolvidas para ajudar a reduzir mortes e lesões dos ocupantes dos veículos quando ocorre um incêndio, especialmente aqueles com origem no seu interior, causados, nomeadamente, por fósforos e cigarros.

Alguns fabricantes também desenvolveram as suas próprias especificações com base nestas normas, que não se aplicam apenas a veículos de passageiros, mas também a autocarros, camiões, e a veículos agrícolas e florestais.

O objetivo principal do teste previsto nestas normas é estudar os efeitos da aplicação de uma chama nos materiais componentes dos veículos, através da determinação da velocidade de combustão horizontal.

Para a maioria das aplicações, uma velocidade de combustão não superior a 100 mm por minuto é aceitável, embora alguns fabricantes tenham restringido os requisitos para estipular taxas de queima mais lentas, ou testem ainda os materiais após um tempo de envelhecimento.

Estes fabricantes contam, para tal, com o apoio do INEGI. O Laboratório de Fumo e Fogo realiza, entre outros, os seguintes ensaios de determinação da velocidade de combustão horizontal a componentes da indústria automóvel: